Muitas dúvidas surgem quando um casal decide por um método não reversível de contracepção. As técnicas para isso são a vasectomia, no homem, ou a laqueadura de tuba uterina, na mulher. Assim, é preciso diálogo e informação para possibilitar uma escolha consciente, uma vez que existe a possibilidade de arrependimento.
Durante muito tempo, a prática de esterilização era comum apenas ao sexo feminino, devido a cultura machista predominante na sociedade.
Entretanto, nas últimas décadas, esse panorama mudou um pouco no mundo e, hoje, a vasectomia é um dos métodos contraceptivos mais utilizados. No Brasil, por exemplo, sua prevalência aumentou significativamente nas regiões Sudeste e Sul, porém, ainda é baixa em outras.
É realizada por meio da obstrução dos ductos deferentes, canais responsáveis por levar os espermatozoides produzidos no testículo de encontro ao líquido prostático e seminal, para, então, serem ejaculados.
A vasectomia só é indicada quando outros métodos contraceptivos reversíveis já foram testados e rejeitados pelo casal, portanto, nunca será a primeira escolha. O procedimento é prático, simples e seguro. A cirurgia é feita com anestesia local e tem duração de aproximadamente 35 minutos.
Estudos e pesquisas mostram que muitos homens se arrependem da vasectomia em algum momento e têm vontade de revertê-la. Chamada também de vasovasostomia, a técnica de reanastomose dos ductos deferentes, ou seja, a cirurgia que irá desobstruí-los, é dispendiosa e seu sucesso depende de vários fatores, principalmente do tempo decorrido entre a esterilização e o arrependimento.
Sistematizada em 1948, várias modificações já foram descritas para otimizar a técnica, contudo, foi com a introdução dos métodos microscópicos e robóticos que se obteve melhores resultados de gravidez após o procedimento. São técnicas minimamente invasivas e a cirurgia é indicada apenas quando a produção espermática está normal nos testículos.
Realizada em ambiente hospitalar, sob anestesia geral, são feitas incisões bilaterais, exatamente no local da operação prévia, com exposição dos canais deferentes e reanastomose dos mesmos em um ou dois planos. Dura cerca de quatro horas e a recuperação ocorre em até uma semana.
Quando há formação de tecido cicatricial que não pode ser removido, a reanastomose do ducto deferente ocorre diretamente no epidídimo, e passa, então, a se chamar vasoepididimostomia. As técnicas são similares e seus resultados também.
Após a cirurgia, o transporte de gametas e sua presença no sêmen se regulariza em um período que varia de quatro meses até um ano. Com isso, realizam-se espermogramas mensais – exame que avalia as principais qualidades do espermatozoide – para verificar a fertilidade do homem.
São raras as complicações cirúrgicas, ainda assim podem ocorrer sangramentos internos, hematomas, dores testiculares ou infecções comuns aos procedimentos cirúrgicos
Mesmo com a cirurgia sendo bem-sucedida, em alguns casos a gravidez desejada não acontece. Dessa forma, a fertilização in vitro (FIV) com injeção intracitoplasmática de espermatozoides (FIV com ICSI) é indicada para o casal que deseja conceber um filho. A FIV funciona por meio da recuperação dos espermatozoides do testículo ou dos epidídimos.
Para retirá-los do epidídimo, duas técnicas são utilizadas, a aspiração percutânea de espermatozoides (PESA) e a aspiração microcirúrgica de espermatozoides (MESA). O último método é o mais utilizado e consiste na aspiração dos espermatozoides no epidídimo, visualizados com auxílio de um microscópio, e posterior sutura.
Em comparação ao primeiro, a MESA possibilita menor contaminação por hemácias e a recuperação de um maior número de gametas para vários ciclos de ICSI, apesar do seu custo mais elevado.
Para recuperá-los dos testículos, é preciso que não seja possível realizar a PESA e a MESA, ou seja, se não houver como retirá-los do epidídimo. Para tal, também duas técnicas são utilizadas, a extração de espermatozoides do testículo (TESE) e a extração de espermatozoides testiculares microcirúrgica (Micro-TESE). Em ambos os casos são retirados fragmentos do parênquima testicular, analisados para a presença de gametas.
Assim que recuperados por um dos meios, os espermatozoides com melhor morfologia e motilidade são selecionados pela preparação seminal, técnica complementar à FIV. Após isso, a fecundação ocorre em laboratório e cada gameta masculino é injetado no óvulo por um micromanipulador de gametas.
Caso a fecundação ocorra com sucesso, os embriões serão cultivados por até seis dias e, então, posteriormente transferidos para o útero em D3 ou como blastocisto.
No primeiro caso, há ainda poucas células, pois o embrião está entre o segundo e terceiro dia de desenvolvimento. A opção é mais adequada quando o desenvolvimento em ambiente uterino proporciona mais chances de gravidez.
No entanto, principal escolha atualmente é a transferência como blastocisto, quando já há maior divisão e formação das células, entre o quinto e sexto dia de desenvolvimento.
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