A gravidez é um processo complexo e para que ocorra o sistema reprodutor feminino deve funcionar corretamente. A cada ciclo menstrual, por exemplo, estimulados pela ação hormonal diversos folículos são recrutados: um deles desenvolve, amadurece e rompe liberando o óvulo (ovulação).
O óvulo é capturado pelas tubas uterinas onde o encontro com o espermatozoide (fecundação) acontece. O embrião posteriormente implanta no endométrio, camada interna do útero, que também é preparado desde o início do ciclo menstrual para recebê-lo.
O endométrio abriga e nutre o embrião até que a placenta seja formada. Ou seja, é no útero que o embrião implanta e se desenvolve.
No entanto, algumas doenças ou mesmo hábitos de vida podem alterar o funcionamento correto, resultando em dificuldades para engravidar.
Para saber mais o que pode provocar a infertilidade feminina, continue a leitura deste post. Nele elencamos três dicas importantes para aumentar as chances de gravidez, incluindo os tratamentos de reprodução assistida.
Algumas mulheres ficam grávidas logo após começarem a tentar, enquanto outras tentam durante muito tempo sem sucesso.
Com o passar dos anos as chances de conceber começam a diminuir. Uma mulher entre 20 e 24 anos pode contar com 86% de chance em comparação com 62% das que estão com 35 anos. O percentual diminui ainda mais após essa idade: acima dos 36 anos, até os 40 anos, é de aproximadamente 40% e, depois dessa idade, é pouco maior do que 10%.
Se você está tentando engravidar sem sucesso há mais de um ano deve procurar um especialista. Também é aconselhável ir ao médico se suspeitar de algo que possa impedir a gravidez.
Os problemas de ovulação geralmente são a causa mais frequentemente relatada de infertilidade feminina e têm como característica dificuldades no desenvolvimento e amadurecimento do folículo, ou falha na liberação do óvulo, condição conhecida como anovulação (ausência de ovulação).
Surgem, na maioria dos casos, como consequência de irregularidades menstruais, que resultam de alterações hormonais provocadas por diferentes condições, como a síndrome dos ovários policísticos (SOP), distúrbios da tireoide, endometriose, miomas uterinos, pólipos endometriais e falência ovariana prematura (FOP), quando os sintomas da menopausa manifestam em mulheres com menos de 40 anos.
Bloqueios nas tubas uterinas também são comuns. São provocados pelo tecido ectópico característico da endometriose, por alguns tipos de miomas, por processos inflamatórios que estimulam a formação de aderências, entre elas a doença inflamatória pélvica (DIP), uma das principais consequências de infecções sexualmente transmissíveis como clamídia e gonorreia, ou por inflamações nos órgãos reprodutores.
Além disso, miomas e endometriose podem ainda resultar em anormalidades uterinas, dificultando ou impedindo a sustentação da gravidez. Outras condições como distúrbios genéticos, trombofilia e algumas doenças autoimunes também podem dificultar ou impedir que a concepção ocorra.
Casais reprodutivamente saudáveis podem demorar até um ano para engravidar naturalmente. Período que tende a ser menor em idades mais avançadas. Porém, o tempo que a mulher demora para engravidar depende de diversos fatores além da idade, entre eles as patologias que afetam a fertilidade, o uso de alguns medicamentos ou mesmo o estilo de vida, da mulher e de seu parceiro.
Conheça abaixo três dicas que contribuem para aumentar as chances de gravidez:
Uma das melhores maneiras de aumentar as chances de engravidar é identificar a data mais provável para que ovulação ocorra e intensificar a relação sexual no momento da ovulação, antes, ou logo após.
Em um ciclo menstrual regular de 28 dias o dia 1 é o da menstruação. Por volta do 5º dia a concentração de estrogênio começa a aumentar, atingindo o pico no 12º e caindo acentuadamente depois. A ovulação ocorre no 14º dia e o óvulo geralmente tem um tempo de sobrevida de 24h.
Dessa forma, no 13º, 14º e 15º dias após a menstruação, a possibilidade de conceber é maior. Além disso, os espermatozoides podem sobreviver no organismo feminino por três a cinco dias. Assim, intensificar a relação sexual sem proteção do 10º ao 15º dia ajuda a aumentar as chances.
O estresse é um dos maiores obstáculos para a fertilidade, por isso, o ato sexual deve ser praticado de forma relaxada e prazerosa. Planejá-lo em demasia sem aproveitá-lo sugere obrigação, o que naturalmente gera o estado de estresse.
Adquirir hábitos de vida mais saudáveis também pode ajudar a engravidar mais rapidamente. A variação de peso (estar acima ou abaixo do normal), por exemplo, pode resultar em problemas de ovulação.
Adotar uma dieta balanceada, rica em vitaminas, proteínas e minerais, ao mesmo tempo que aumenta as chances prepara o organismo para uma futura gravidez. Considere, ainda, incluir suplementos elaborados especialmente para mulheres que estão tentando engravidar. Eles fornecem a quantidade adicional de nutrientes necessária, incluindo o ácido fólico, fundamental para a gravidez.
O sobrepeso tem outras consequências negativas para a gestação: pode levar ao desenvolvimento do diabetes gestacional ou ao aumento da pressão arterial (hipertensão).
A prática regular de exercícios contribui bastante para manutenção do peso ideal. No entanto, em excesso, também pode provocar alterações na ovulação.
Por outro lado, o organismo deve estar livre de toxinas: evitar o consumo de álcool, cafeína e bebidas estimulantes e parar de fumar, estão entre as ações necessárias.
Embora os problemas de fertilidade tenham tratamento na maioria dos casos, se após a realização a fertilidade não for restaurada, ou quando causar danos mais sérios, a principal indicação passa a ser a reprodução assistida, que reúne um conjunto de técnicas fundamentais para garantir maiores chances de a gravidez ocorrer.
Elas são divididas de acordo com a complexidade do tratamento. As três principais são a relação sexual programada (RSP), a inseminação artificial (IA), de baixa complexidade e, a fertilização in vitro (FIV), de alta complexidade.
Na RSP e IA, a fecundação ocorre naturalmente, nas tubas uterinas. Por isso, são mais adequadas para mulheres com até 35anos, que ainda possuem altos níveis de reserva ovariana e com as tubas uterinas saudáveis. E indicadas principalmente para problemas de ovulação, endometriose nos estágios iniciais ou infertilidade sem causa aparente (ISCA).
Na RSP os gametas masculinos devem ser saudáveis, pois o objetivo é programar o melhor período para intensificar a relação sexual. Enquanto na inseminação artificial podem ter pequenas alterações, uma vez que os melhores são selecionados pelo preparo seminal, inseridos em um cateter e depositados no útero durante o período fértil.
Já na FIV, de maior complexidade, óvulos e espermatozoides são fecundados em laboratório. É ideal para mulheres acima de 35 anos, com obstruções nas tubas uterinas, endometriose em estágios mais avançados, quando a infertilidade causou maiores danos, se houver infertilidade masculina provocada por fatores mais graves ou se os tratamentos de menor complexidade não forem bem-sucedidos.
É considerada a principal técnica de reprodução assistida e a que apresenta os índices mais expressivos de sucesso gestacional por ciclo de realização do tratamento: em média 40%, percentual que pode ser mais alto quando é realizada por mulheres mais jovens.
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