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SOP: veja quais são os tratamentos

SOP: veja quais são os tratamentos

Por Dra. Rosane Rodrigues 11/05/2021

Os ovários são importantes órgãos do sistema reprodutor da mulher. São estruturas que contêm milhões de folículos, unidades funcionais que abrigam os óvulos e os liberam durante os períodos de ovulação.

Contudo, esses órgãos podem ter a sua função comprometida pela formação de cistos, como acontece na síndrome dos ovários policísticos (SOP), uma causa comum de infertilidade feminina.

Se você ainda tem dúvidas sobre o que é SOP, acompanhe este post e tenha mais informações sobre a doença. Descubra o que caracteriza o quadro, quais os sintomas e as possibilidades de tratamento. Leia mais!

O que é SOP?

A SOP é uma endocrinopatia que afeta mulheres em idade fértil, caracterizada pela formação de múltiplos microcistos nos ovários. Trata-se de um dos problemas ginecológicos mais conhecidos e que está frequentemente associado à infertilidade por anovulação.

A anovulação, por sua vez, significa ausência de ovulação e é provocada pelo desequilíbrio hormonal que acontece nos casos de SOP. A resistência à insulina, comum a mulheres obesas, e os fatores genéticos, são considerados possíveis causas da doença.

Muitas vezes a mulher não identifica os sinais desse distúrbio hormonal, e chega à descoberta da doença somente diante das tentativas frustradas de gravidez. Em outros casos, a SOP pode prejudicar não apenas a fertilidade, como causar impactos psicológicos, em razão dos sintomas que alteram a imagem da mulher, como veremos no próximo tópico.

Além das alterações físicas, o aspecto emocional também pode ser afetado pela insegurança de não ser capaz de gerar um filho. Por todas essas questões é imprescindível que a mulher procure tratamento médico para restaurar seu bem-estar e chances de engravidar.

Quais são os sintomas da SOP e por que impactam a autoestima da mulher?

A SOP é definida por três critérios de avaliação diagnóstica: ausência de ovulação, presença de microcistos confirmada no exame de ultrassonografia e manifestações do aumento dos hormônios masculinos, condição chamada de hiperandrogenismo.

O aumento da ação dos hormônios andrógenos dá origem a traços masculinos que podem prejudicar a imagem da mulher. Exemplos são o crescimento de pelos em partes incomuns do corpo feminino (hirsutismo) e a calvície em algumas regiões do couro cabeludo (alopecia androgênica).

Entre as evidências sintomáticas da doença estão as alterações no ciclo menstrual e a consequente dificuldade para engravidar.

Para elencar de modo claro, os sintomas da SOP são:

  • Hirsutismo;
  • Alopecia;
  • Problemas na pele, como acne;
  • Amenorreia (ausência de fluxo menstrual);
  • Oligomenorreia (ciclos menstruais com intervalos maiores do que 35 dias);
  • Anovulação;
  • Infertilidade;

Quais são as alternativas de tratamento?

Para definir a conduta terapêutica, o médico deve levar em conta se a paciente tem ou não o desejo de engravidar em um momento próximo. Entenda quais são as possibilidades de tratamento para cada caso!

Tratamento para quem não pretende engravidar

Se a mulher não tem a intenção imediata de iniciar uma gravidez, a indicação de tratamento inclui o uso de medicamentos de contracepção oral e hormônios esteroides para redução do hiperandrogenismo.

Esse tipo de intervenção não altera o quadro de infertilidade, mas proporciona a diminuição dos sintomas, como a suavização dos traços masculinos e a normalização do ciclo menstrual.

Outra importante medida é a mudança no estilo de vida para garantir a perda de peso, no caso das pacientes com obesidade. Essa recomendação também é válida para as mulheres que querem uma gestação. Aliás, em alguns casos, é possível regularizar a ovulação apenas com a redução do peso.

Tratamento para quem deseja engravidar

Pacientes com diagnóstico de SOP e que pretendem iniciar uma gestação são beneficiadas com os tratamentos de reprodução assistida. O principal objetivo é restaurar as funções ovulatórias, e isso pode ser feito com a ajuda da estimulação ovariana, um procedimento que consiste no uso de medicamentos hormonais para estimular o desenvolvimento dos folículos e a maturação dos óvulos.

A estimulação ovariana pode ser aplicada em tratamentos de baixa complexidade, como a relação sexual programada (RSP), assim como na fertilização in vitro (FIV), a técnica mais complexa e abrangente da medicina reprodutiva.

A RSP pode trazer bons resultados para os casos mais simples, isto é, quando a anovulação é apontada como a única causa de infertilidade do casal. Nesse caso, após passar pela estimulação ovariana, a paciente deve manter relações sexuais enquanto estiver ovulando.

Mas quando há algum outro fator de infertilidade associado, masculino ou feminino, a FIV representa um tratamento mais seguro, devido às suas taxas de sucesso para tratar diferentes problemas de reprodução.

A FIV começa com a estimulação ovariana e depois passa por uma sequência de etapas, que incluem: punção folicular e preparo seminal, fecundação, cultivo embrionário, transferência dos embriões para o útero. Com o uso de técnicas complementares para condições específicas, é possível ampliar ainda mais o leque de problemas de fertilidade corrigidos com a FIV.

Em síntese, a SOP é um problema que merece atenção, em razão dos impactos que pode causar na vida da mulher. Mas com a intervenção adequada, a autoestima e a fertilidade feminina podem ser restauradas.

Para ter informações mais completas sobre o assunto, leia o nosso texto institucional e saiba mais sobre a síndrome dos ovários policísticos (SOP).

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