A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 15% da população mundial se depare, em algum momento da vida reprodutiva, com problemas de fertilidade que impeçam a gestação, tornando a infertilidade uma questão de saúde global.
O diagnóstico da infertilidade busca identificar as doenças ou condições primárias que levaram à dificuldade em ter filhos e alguns exames são importantes nesse processo.
Nos casos de infertilidade masculina, o espermograma é o principal, pois é capaz de apontar alterações espermáticas, bem como a existência de problemas na motilidade e morfologia dos espermatozoides que dificultam a fecundação.
As mulheres que suspeitam de infertilidade, especialmente após os 35 anos, e que não apresentam sintomas além das dificuldades reprodutivas, costumam fazer a avaliação da reserva ovariana.
Esse exame estima a quantidade dos folículos ovarianos disponíveis para ovulação. Alterações na reserva ovariana podem indicar problemas relacionados à infertilidade.
Além dessas avaliações, homens e mulheres também podem contar com o auxílio dos exames de dosagem hormonal para identificar problemas no sistema endócrino que possam estar afetando a fertilidade.
Por fim, os exames de imagem têm papel central na identificação de alterações que levam à infertilidade, como aquelas relacionadas a malformações anatômicas e doenças que gerem deformações nos órgãos reprodutivos, incluindo os pólipos e miomas, que modificam a estrutura uterina, ou a SOP, que leva à formação de cistos nos ovários.
Entre os exames de imagem mais solicitados para o diagnóstico e tratamento de infertilidade está a ultrassonografia pélvica. Saiba mais sobre o assunto a seguir!
Todo exame de ultrassom subentende o mesmo mecanismo, de certa forma. O que diferencia as modalidades é o formato dos transdutores e o local do corpo que o ultrassom investiga.
Para a obtenção das imagens, o transdutor emite ondas mecânicas que se propagam nos meios fluidos do corpo (tecidos, células etc.), produzindo ecos diferentes ao encontrar estruturas mais ou menos densas.
O mapeamento desses ecos produz imagens, que são transmitidas para uma tela, proporcionando melhor visualização.
O médico pode capturar as imagens mais precisas e avaliá-las posteriormente, assim como pode utilizar a ultrassonografia para guiar outros procedimentos, aumentando, por exemplo, a precisão das biópsias.
Atualmente, as imagens obtidas pelas diferentes modalidades de ultrassonografia podem também ser feitas em 3D e com o auxílio de Doppler.
No caso da ultrassonografia pélvica, os exames são utilizados para observar os órgãos no interior da pelve, como útero e ovários.
A ultrassonografia pélvica pode ser feita de forma externa, chamada suprapúbica, ou interna, a transvaginal.
A ultrassonografia transvaginal é um exame simples e indolor, feito pela introdução do transdutor de ultrassom pelo canal vaginal, até o cérvix ou colo do útero.
Nessa modalidade, o transdutor é um instrumento filamentoso, semelhante a uma sonda. O ultrassom transvaginal produz imagens mais detalhadas e menos amplas, e por isso é capaz de detectar cistos, miomas e tumores.
No caso da ultrassonografia suprapúbica, o transdutor é aplicado na região externa do abdome e o médico desliza o aparelho sobre a região do baixo ventre, com auxílio de um gel, que diminui o atrito e melhora a qualidade da imagem.
Nessa modalidade, as imagens são mais amplas e menos detalhadas, importantes para identificar deformações uterinas e malformações em geral, além da presença de tumores e de cistos.
A ultrassonografia pélvica, tanto a suprapúbica quanto a transvaginal, é um procedimento bastante utilizado durante os tratamentos para infertilidade.
Suas principais funções são: ferramenta para o diagnóstico, ferramenta guia no tratamento de doenças e para o monitoramento de processos. Na reprodução assistida, a ultrassonografia é uma ferramenta importante de monitoramento.
Em todas as técnicas de reprodução assistida, incluindo a FIV (fertilização in vitro), o ultrassom transvaginal é usado para monitorar o crescimento dos folículos durante a estimulação ovariana.
Mesmos depois de confirmada a gestação, o bom andamento do pré-natal é também acompanhado pelos exames de ultrassom.
O crescimento dos folículos ovarianos é um processo regulado por hormônios, pela ação do GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas), do LH (hormônio luteinizante) e do FSH (hormônio folículo-estimulante) sobre os ovários.
De forma geral, podemos dizer que, enquanto o FSH recruta os folículos e dá início ao seu desenvolvimento, o LH induz o amadurecimento e rompimento dos folículos para a ovulação e ambos atuam na produção dos estrogênios, androgênios e progesterona.
Em situações fisiológicas, a ovulação acontece de forma cíclica e, apesar de recrutar cerca de 1000 folículos por ciclo, apenas um atinge o estágio final de amadurecimento e é liberado pela ovulação.
Na indução da ovulação, a mulher recebe medicamentos com efeito análogo ao do GnRH ou que contenham doses específicas das próprias gonadotrofinas LH e FSH.
O objetivo dessa etapa é tanto estimular a ovulação nas mulheres cuja infertilidade é causada por anovulação, como também fazer com que em um único ciclo os ovários desenvolvam diversos folículos.
O monitoramento dessa etapa é feito por ultrassonografia transvaginal a cada dois dias durante a estimulação ovariana e pode apontar o momento exato da ovulação porque mostra a formação dos folículos antrais e também as alterações no muco cervical.
A estimulação ovariana e seu monitoramento são a primeira etapa das principais técnicas de reprodução assistida: RSP (Relação sexual programada), IA (Inseminação artificial) e a FIV.
Na RSP, o ultrassom transvaginal indica os melhores dias para manter relações sexuais que resultem em gestação, e, na IA, aponta para o momento exato em que deve ser feita a inseminação dos espermatozoides no útero materno.
Já na FIV, o monitoramento da estimulação ovariana determina quando deve ser feita a coleta de óvulos para fecundação ou criopreservação.
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