A fertilidade da mulher diminui ao longo da vida. Em torno dos 40 anos a capacidade de reprodução é bem inferior do que era no início da idade fértil. Isso é explicado pelo esgotamento natural da reserva ovariana, como veremos neste post.
Leia as informações que preparamos e entenda o que é reserva ovariana e porque ela reduz com o passar dos anos. Além da idade da mulher, descubra também quais são as condições clínicas que podem afetar a quantidade de folículos armazenados.
Ao final do texto, saiba de que forma os tratamentos de reprodução assistida podem auxiliar!
O termo reserva ovariana é utilizado para descrever a quantidade de folículos que uma mulher tem armazenados nos ovários. Os folículos são estruturas, ou unidades funcionais, que abrigam os óvulos. Em cada período de ovulação um óvulo amadurece e é liberado da estrutura folicular para seguir em direção às tubas uterinas e ser fecundado por um espermatozoide.
A reserva ovariana acompanha a fertilidade da mulher do início ao fim de sua vida fértil, mas em direção contrária, isto é, conforme a idade aumenta, a reserva de folículos diminui.
No entanto, não é somente a idade da mulher que pode impactar a reserva ovariana. Outras condições clínicas também estão associadas à redução no número de folículos e podem provocar um quadro de infertilidade por anovulação (ausência de ovulação), daremos detalhes mais à frente.
No início da vida fértil, no momento da menarca (primeira menstruação), a reserva ovariana é constituída por cerca de 400 mil folículos. Mas esse número reduz de modo progressivo, sendo que a mulher chega aos 38 anos com cerca de 25 mil folículos apenas. A redução na quantidade de óvulos armazenados continua até o esgotamento total da reserva, quando ocorre a menopausa.
Diferentemente dos homens, que continuam a produzir espermatozoides no decorrer de sua vida, as mulheres não produzem novos folículos. Portanto, o número de unidades foliculares diminui um pouco mais a cada ciclo ovulatório, visto que os folículos recrutados que não desenvolveram são naturalmente eliminados.
Como a mulher chega aos 35 anos com a reserva ovariana já reduzida, os médicos alertam que dessa idade em diante a fertilidade feminina começa a declinar cada vez mais. Além da quantidade menor de folículos, os óvulos também tendem a apresentar alterações na qualidade, podendo, inclusive, resultar em alterações cromossômicas, falhas de implantação embrionária e abortamentos.
Reforçando as informações acima, a idade da mulher não é o único fator que compromete a reserva ovariana. Alguns tipos de doenças, intervenções cirúrgicas e tratamentos farmacológicos também podem reduzir o número de folículos ou interferir em seu processo de maturação e ruptura. Vamos conhecer algumas dessas causas!
O endometrioma é um tipo de endometriose que afeta os ovários e provoca a formação de cistos, os quais podem modificar a estrutura dos órgãos e impactar a reserva ovariana. Assim como a doença, os tratamentos cirúrgicos empregados para retirada dos cistos (quando há necessidade) também oferecem riscos ao potencial ovulatório da paciente.
A FOP é ainda conhecida como menopausa precoce. Como o próprio termo indica, essa condição é caracterizada pelo esgotamento da reserva ovariana antes dos 40 anos. O problema pode ser causado por fatores genéticos, exposição a intervenções farmacológicas agressivas ou outras causas.
Procedimentos como quimioterapia e radioterapia têm efeitos drásticos sobre as funções reprodutivas. Nesses casos, a mulher pode ser submetida à preservação oncológica da fertilidade. Para isso, antes de iniciar o tratamento a paciente passa por estimulação ovariana, coleta dos folículos e congelamento dos óvulos, os quais serão usados em um processo futuro de fertilização in vitro (FIV).
Cirurgias para remoção de cistos e tumores dos ovários podem colocar a reserva ovariana em risco, seja por lesões acidentais no córtex do ovário, seja por prejuízos em sua irrigação sanguínea.
Em casos extremos, os órgãos podem ser completamente removidos — procedimento chamado de ooforectomia bilateral — finalizando, de vez, a capacidade ovulatória da paciente.
A reprodução assistida conta com importantes exames que auxiliam na detecção do problema de infertilidade e possibilitam a individualização do tratamento. A avaliação da reserva ovariana permite observar a quantidade de folículos que a mulher apresenta antes de iniciar qualquer técnica.
Conforme os resultados é possível definir o melhor prognóstico para cada caso. Dependendo do número de folículos disponíveis a paciente pode ser submetida à estimulação ovariana para observar a resposta de seu organismo à ação dos medicamentos hormonais.
Se as respostas forem satisfatórias e o casal não apresentar outros fatores de infertilidade, a gravidez pode ser obtida a partir de técnicas de baixa complexidade, como a relação sexual programada (RSP).
Nos casos em que a reserva ovariana está muito comprometida e não se pode obter um número viável de óvulos para a fecundação, a paciente pode recorrer a outra importante técnica da reprodução assistida: a doação de óvulos.
Assim, mesmo com deficiência na reserva ovariana a mulher pode passar pelo processo de FIV e engravidar utilizando os óvulos de uma doadora, que serão fertilizados com os espermatozoides de seu parceiro. Após o cultivo embrionário, os embriões são transferidos para o útero da paciente, que terá a experiência de gerar um filho.
Agora que você já sabe sobre a importância da reserva ovariana, conheça uma das principais causas de infertilidade por anovulação: a síndrome dos ovários policísticos (SOP)
As tubas uterinas são duas estruturas tubulares bilaterais que conectam o útero aos ovários e […]
Continue lendoAs tubas uterinas fazem parte do sistema reprodutor feminino. São dois tubos com aproximadamente 10 […]
Continue lendoA Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 15% da população mundial se […]
Continue lendoA fertilidade feminina depende do bom funcionamento de todo o sistema reprodutivo e endócrino, mas […]
Continue lendoO sistema reprodutivo feminino é composto por órgãos localizados na cavidade pélvica, e suas funções […]
Continue lendoO coito programado, também conhecido como relação sexual programada (RSP), é uma técnica de reprodução […]
Continue lendoMuitas dúvidas surgem quando um casal decide por um método não reversível de contracepção. As […]
Continue lendoPara que a gravidez ocorra em um processo natural, todos os meses os ovários liberam […]
Continue lendoNo Brasil, desde 2013 as técnicas de reprodução assistida são extensivas a pessoas solteiras que […]
Continue lendo