A infertilidade é causada por diferentes condições. Algumas são mais brandas e podem ser tratadas com técnicas de baixa complexidade da reprodução assistida. Mas há também os fatores graves, incluindo disfunções ovarianas e ausência de ovulação.
Nesses casos, é preciso recorrer a procedimentos complexos como a FIV (fertilização in vitro) e ainda contar com a ovodoação.
Neste post, traremos informações sobre o que é a ovodoação, como a técnica é realizada e em quais casos é indicada. Continue a leitura e mantenha-se bem informado sobre o assunto!
A ovodoação, ou doação de óvulos, faz parte das técnicas da reprodução assistida. Por meio desse recurso, uma mulher fértil pode doar seu material biológico para outra que apresente algum quadro de infertilidade. A doação pode ser compartilhada ou voluntária, conforme veremos no próximo tópico.
Para que uma mulher possa doar seus óvulos, algumas regras devem ser observadas. O Conselho Federal de Medicina é o órgão que orienta os tratamentos de reprodução assistida e traz as seguintes normas éticas sobre ovodoação:
Ainda de acordo com a resolução do CFM, a ovodoação é permitida em dois contextos: doação voluntária ou compartilhada. No primeiro caso, a doadora passa pelos exames e procedimentos necessários e entrega o seu material para beneficiar outras famílias.
A doação compartilhada, por sua vez, permite que doadora e receptora dividam tanto os óvulos quanto os custos com o tratamento médico. Nessa situação, ambas as pacientes estão em processo de reprodução assistida, mas apresentam quadros distintos de infertilidade.
Ou seja, na doação compartilhada, a doadora produz óvulos em quantidade e qualidade adequadas, mas tem dificuldade para engravidar por motivos como fator masculino ou outro problema que não prejudique a ovulação. Já a receptora não apresenta reserva ovariana suficiente ou é portadora de doenças genéticas com alto risco de transmissão para o feto.
Em ambas as formas de ovodoação — voluntária ou compartilhada — a doadora precisa passar por avaliação clínica e psicológica e realizar uma série de exames para verificar as condições de saúde, como: teste de reserva ovariana; rastreio de infecções e patologias congênitas; ultrassonografias do aparelho reprodutor.
Depois das avaliações prévias, a doadora é submetida à estimulação ovariana. Os medicamentos hormonais administrados nessa etapa estimulam o crescimento dos folículos para que estes liberem mais óvulos. Com exames ultrassonográficos periódicos, o médico consegue identificar o nível de maturação folicular para induzir a ovulação.
Quando os folículos atingem o tamanho adequado, novos medicamentos à base de hormônios são utilizados na indução da ovulação. Aproximadamente 36 horas depois, os óvulos estão prontos para serem coletados.
No caso da doação compartilhada, enquanto a doadora passa pelos estágios acima mencionados, o casal que receberá os óvulos também é preparado. Os espermatozoides do parceiro da receptora são coletados e selecionados para o momento da fertilização.
Enquanto isso, a mulher é avaliada e, se necessário, realiza o tratamento hormonal para melhorar a receptividade do endométrio e garantir boas condições para a implantação do embrião.
A ovodoação é utilizada nos processos de FIV. Nesse tipo de tratamento, os óvulos são fecundados em placas específicas de cultura e os embriões são cultivados em laboratório durante os primeiros estágios de desenvolvimento. Somente quando atingem o nível de blastocisto é que eles são transferidos para o útero materno.
Quando ocorre doação voluntária, os embriões são transferidos apenas para o útero da receptora, sendo que os excedentes são congelados. Na doação compartilhada, os embriões são divididos e transferidos para as duas mulheres.
A ovodoação é indicada nos casos de anovulação (ausência de ovulação). Isso pode ocorrer quando a paciente tem idade avançada, baixa reserva de folículos, falência ovariana prematura ou ainda quando a mulher não tem os ovários — seja por ausência congênita dos órgãos, seja por necessidade anterior de remoção cirúrgica em razão de outras doenças.
Em resumo, a doação de óvulos é indicada nas seguintes situações:
A ovodoação é uma técnica importante e possibilita que pacientes com disfunções ovarianas graves consigam realizar o sonho de gerar um filho em seu próprio útero. Apenas as células germinativas não foram coletadas da mãe, mas a receptora de óvulos doados consegue viver todas as experiências da gravidez e da maternidade.
Além disso, não se pode deixar de levar em consideração o fenômeno de imprinting genético, mecanismo pelo qual modificações na expressão dos genes dos embriões podem ocorrer devido às características da receptora.
Os casais homoafetivos masculinos também são beneficiados com a ovodoação e podem acompanhar o desenvolvimento do filho desde o início. Os espermatozoides utilizados na fecundação podem ser de um dos parceiros ou de um doador.
Nesse caso, também é necessário recorrer a outro procedimento da reprodução assistida: a cessão temporária de útero ou barriga de aluguel.
Para saber mais sobre ovodoação, acesse o texto do nosso site e complete suas informações em relação à doação de óvulos.
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