A infertilidade atinge igualmente homens e mulheres. Após o diagnóstico das causas desse problema, é possível indicar o melhor tratamento para cada casal.
Nos cenários em que a infertilidade é causada por fatores masculinos leves, como a qualidade dos espermatozoides, a inseminação artificial (IA) é uma das opções mais indicadas. Entre as mulheres, problemas com o muco cervical e casos de endometriose leve também podem ser tratadas com esse procedimento.
Entre os métodos de reprodução assistida, a inseminação artificial é uma das mais conhecidas, sendo chamada também de inseminação intrauterina (IIU). Como é um procedimento de baixa complexidade e a fecundação não é realizada em um laboratório, como na fertilização in vitro (FIV), a inseminação artificial é uma boa opção para muitos casais inférteis.
A inseminação artificial é uma técnica de reprodução assistida em que os espermatozoides são injetados após preparo seminal dentro do útero durante o período fértil da mulher. Por serem preparados, esses espermatozoides são mais capacitados a fecundar o óvulo.
Ela é considerada um procedimento simples, não invasivo e menos complexo que a FIV, sendo, assim, também mais acessível. No entanto, também oferece menores taxas de sucesso que a FIV, ficando em torno de 20% por ciclo.
A IA é indicada nos casos em que a infertilidade é causada por um fator masculino leve, como baixa contagem ou baixa motilidade dos espermatozoides, e principalmente quando o casal tem indicação de relação sexual programada (RSP), outras técnicas de reprodução assistida, mas não consegue manter relações sexuais durante o período determinado.
Cenários de infertilidade sem causa aparente (ISCA), problemas no muco cervical e endometriose leve também podem considerar essa opção de tratamento. Ela também pode ser indicada para casais homoafetivos femininos e homens que não têm espermatozoides no sêmen (condição chamada de azoospermia). Um banco de sêmen pode ser utilizado nessas duas últimas situações.
No entanto, a inseminação artificial não é recomendada para mulheres que apresentem tubas uterinas com cicatrizes ou obstruções e endometriose em estágio moderado ou severo. Vale ressaltar que cada casal é único e apenas após uma consulta individualizada é possível indicar o melhor método.
A inseminação artificial tem por objetivo facilitar a fecundação, ou seja, o encontro do óvulo e do espermatozoide dentro do útero. Para isso, o processo se inicia com a estimulação ovariana e a coleta do sêmen.
Durante um ciclo menstrual normal, a mulher libera apenas um óvulo para ser fecundado. A estimulação ovariana tem o objetivo de aumentar o número de folículos em crescimento e, assim, o de óvulos por meio de hormônios. Porém, ela precisa ser realizada de forma controlada para diminuir a probabilidade de uma gravidez múltipla.
O processo de estimulação ovariana começa no segundo ou terceiro dia do ciclo menstrual. O tipo e a dose (posologia) de medicação prescrita para a paciente dependem de vários fatores, como idade, perfil hormonal, duração da infertilidade e se ela já passou ou não por essa experiência anteriormente.
Durante os dias em que a paciente recebe as doses de hormônios, o crescimento dos folículos ovarianos é acompanhado por meio de ultrassonografias para identificar o melhor momento para que a IA seja realizada.
A coleta do líquido seminal é feita no dia da inseminação em si. A amostra passa por uma análise laboratorial para que apenas os espermatozoides com mais qualidade sejam utilizados.
A inseminação é feita no próprio consultório médico, é indolor, dura, em média, 20 minutos e não é necessário o uso de anestesia. Após duas semanas, é possível verificar se a IA foi bem-sucedida e a mulher está grávida.
O sucesso da IA depende de diversos fatores. A idade da mulher é um dos principais, no entanto, deve ser levado em consideração também as causas da infertilidade, o estilo de vida do casal, o número de ciclos realizados, entre outros. Em geral, a taxa de sucesso desse procedimento fica entre 15% e 20% por ciclo.
A inseminação artificial é um método de reprodução assistida indicado para casos de infertilidade por alterações leves nos espermatozoides, endometriose leve ou quando não há uma causa aparente. A estimulação ovariana e a escolha dos melhores espermatozoides para o processo aumentam as chances de sucesso da técnica.
Para saber mais sobre o assunto, consulte o nosso texto especial sobre a inseminação artificial (IA).
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