A menopausa é o nome dado à última menstruação da vida de uma mulher, acontecimento que se dá por volta dos 50 anos. Porém, em alguns casos ela pode ser prematura.
Essa condição é conhecida como falência ovariana precoce (FOP) e possui os mesmos sintomas da menopausa normal, diferenciando-se apenas na idade em que aparecem — antes dos 40 anos.
A reserva ovariana é a quantidade de folículos existentes nos ovários de uma mulher, presentes desde o nascimento. Essa reserva vai diminuindo ao longo dos anos, já que a cada ciclo menstrual um número é perdido e não são produzidos novos. Quando a reserva ovariana acaba, a mulher tem a menopausa e chega no que chamamos de falência ovariana.
Saiba mais sobre a falência ovariana precoce, suas causas e outras informações.
Também conhecida como FOP, representa a falência ovariana antes dos 40 anos de idade, atingindo cerca de 1% das mulheres.
É chamada, ainda, de menopausa precoce devido aos sintomas parecidos com a menopausa comum, como a secura vaginal e as ondas de calor.
Ocorre principalmente com mulheres que tem um histórico do problema na família, como uma mãe ou irmã que passaram pela FOP, mas outros fatores também podem influenciar no aparecimento prematuro da falência ovariana.
Os folículos passam por diversas alterações que causam o seu envelhecimento juntamente com os óvulos.
Assim, com o tempo esses óvulos acabam perdendo sua funcionalidade, causando falhas na fertilização, no desenvolvimento embrionário e também na implantação do embrião no útero, o que resulta em abortamento.
Essa diminuição do número e qualidade dos folículos é a causa da menopausa, fazendo com que a produção do hormônio feminino estradiol caia bastante.
Desta forma se dá a falência ovariana, com poucos folículos e, consequentemente, óvulos, comprometendo a função hormonal e de reprodução.
Esse problema pode atingir mulheres na casa dos 30 anos e ocorre da mesma forma em mulheres mais velhas, o hormônio antimülleriano possui valor plasmático muito baixo em ambas.
Para todas as mulheres, nesse caso, a falência possui os mesmos sintomas, sendo eles: Sensação de calor intenso no corpo seguido de sudorese abundante;
Quando houver a desconfiança de que a mulher está passando pela menopausa precoce, pela falta ou irregularidade da menstruação, o ideal é procurar um ginecologista para que se realize exames a fim de se obter um diagnóstico.
São solicitados exames de sangue, que avaliam a quantidade dos hormônios FSH, prolactina e estradiol.
Caso não haja sintomas, a situação é um pouco mais complicada, pois geralmente só é percebida quando a mulher tenta engravidar e não consegue.
Esse diagnóstico é importante, pois, além de diminuir os óvulos e aumentar as chances de aborto, o envelhecimento prematuro dos folículos pode aumentar as chances de doenças genéticas, cardíacas e ósseas como a osteoporose, além de maior tendência a desenvolver problemas de ansiedade e depressão.
Além das causas genéticas, incluindo alterações no cromossomo X, existem outras possibilidades para esse processo prematuro, e, entre elas, estão:
Quando a mulher é submetida a uma cirurgia de retirada dos ovários em casos de tumor, endometriose ou doença pélvica inflamatória, a falta de produção de estrógeno pelo corpo também pode culminar na falência ovariana precoce.
A base do tratamento desse problema é a reposição do hormônio estrogênio para regularizar o ciclo menstrual e evitar doenças que a menopausa precoce pode causar.
A escolha por hábitos mais saudáveis também pode auxiliar nesse processo de recuperação. Dentre esses hábitos, temos: uma alimentação mais saudável, evitando produtos gordurosos, doces e industrializados e, assim, o ganho em excesso de peso, praticar atividades físicas regularmente e optar pelo aumento do consumo de alimentos integrais, produtos de soja e sementes para auxiliar na regulação hormonal.
Quando o problema é genético, entretanto, não tem tratamento na maioria dos casos, que auxilia apenas no alívio dos sintomas.
Para mulheres que não conseguem engravidar devido ao problema da falência ovariana precoce, entretanto, há a opção de realizar procedimentos de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV) e a inseminação artificial (IA).
A IIU é indicada em casos considerados mais leves e a fertilização é feita no útero com a introdução de espermatozoides durante o ciclo de ovulação.
Já a FIV tem maior complexidade e se torna uma opção caso a inseminação uterina não obtenha sucesso e em casos de maior gravidade, como a FOP genética.
É realizada em laboratório, os gametas são colocados em uma placa de cultura para que ocorra a fecundação natural, pelo método clássico, ou injetados diretamente no citoplasma do óvulo com o uso da ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide). Posteriormente, os embriões formados são transferidos para o útero.
Ambos os tratamentos têm início com a estimulação ovariana, procedimento realizado com o objetivo de estimular o desenvolvimento e amadurecimento de mais folículos, obtendo, assim, mais óvulos disponíveis para a fecundação.
É importante que essas mulheres tenham apoio psicológico, pois não é um momento fácil e não existe a necessidade de se passar por isso sozinha.
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