O embrião pode ser definido como o estágio inicial de desenvolvimento de um ser humano. O óvulo fecundado pelo espermatozoide origina o zigoto, uma única célula que resulta dessa fusão e sofre divisões celulares tornando-se um embrião.
O desenvolvimento embrionário acontece nas primeiras oito semanas. Entre o quinto e sexto dia ocorre a nidação, quando ele implanta no endométrio, camada interna do útero, que o abriga e nutre enquanto a placenta é formada. Nesse momento, o embrião é chamado de blastocisto.
No início da nona semana passa a ser denominado feto, iniciando a formação de estruturas corporais, como tecidos e órgãos. O feto, em comparação com o embrião, por exemplo, tem características externas mais reconhecíveis, além de um conjunto mais completo de órgãos em desenvolvimento.
Continue a leitura e saiba como como o embrião pode ser congelado.
A única forma de congelar o embrião é a partir do tratamento por FIV (fertilização in vitro), técnica de reprodução assistida na qual óvulos e espermatozoides são fecundados em laboratório. O congelamento de gametas e embriões é uma técnica complementar ao tratamento.
O congelamento de embriões inicia com a estimulação ovariana e indução da ovulação para a coleta dos óvulos, e finaliza com a transferência do embrião para o útero materno.
A fecundação é a quarta etapa, realizada, atualmente, na maioria dos casos por FIV com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide). A técnica prevê a injeção de cada espermatozoide diretamente no citoplasma do óvulo com o auxílio de um aparelho de alta precisão chamado micromanipulador de gametas. Dessa forma, as chances de a fecundação ser bem-sucedida são bem mais expressivas.
Na fertilização in vitro o embrião desenvolve em laboratório. Após a fecundação, são cultivados em incubadoras por até seis dias, no blastocisto, quando ocorre a implantação no endométrio.
Posteriormente, podem ser transferidos para o útero em dois estágios de desenvolvimento: D3 ou clivagem, entre o segundo e terceiro dia, quando ocorre a divisão celular ou blastocisto (D5), entre o quinto e o sexto dia, com as células já formadas divididas por função.
Os embriões são congelados após a formação, na fase de clivagem ou de blastocisto, de acordo com cada caso. A técnica utilizada atualmente para o procedimento é a vitrificação. Ultrarrápida, possibilita uma solidificação em poucos minutos, evitando a formação de cristais de gelo, comuns em outros métodos, que podem provocar danos às células.
Assim, os embriões podem permanecer congelados por vários anos.
Antes de serem congelados, recebem crioprotetores, substâncias que os protegem de danos, garantindo a preservação por mais tempo.
Na FIV, o congelamento de embriões pode ser realizado por vários motivos. Além de casais com problemas de infertilidade submetidos ao tratamento, é importante para preservar a fertilidade de pacientes que serão submetidos a tratamentos para o câncer, por exemplo, ou mesmo para quem pretende adiar os planos de gravidez.
Nos ciclos de fertilização in vitro os embriões são transferidos a fresco na maioria dos casos. Após a transferência, os excedentes e de boa qualidade são congelados e podem ser usados para uma nova gravidez no futuro, doados anonimamente para pessoas com infertilidade, ou pesquisa de células-tronco.
Após 3 anos de congelamento, segundo as regras do Conselho Federal de Medicina (CFM), órgão responsável por regulamentar a reprodução assistida no Brasil, devem, no entanto, ser descartados se não forem doados ou utilizados.
Antes do início de um tratamento oncológico (quimioterapia ou radioterapia), a preservação da fertilidade de homens e mulheres pode ser assegurada. A criopreservação permite o congelamento de sêmen (espermatozoides), óvulos, embriões, além dos tecidos ovariano e testicular.
É o procedimento realizado para a preservação da fertilidade em antecipação ao declínio natural. Embora a mulher se torne infértil com o avanço da idade, pois nasce com uma reserva ovariana que diminui até cessar com o envelhecimento, e os homens continuem a produzir espermatozoides durante toda a vida, a qualidade deles também diminui.
Muitos casais que desejam adiar os planos de constituir uma família optam por congelar os embriões em vez de gametas (óvulos ou espermatozoides).
Freeze-all é uma técnica que prevê o congelamento de todos os embriões formados em um ciclo de tratamento por FIV, que serão transferidos apenas em um ciclo posterior. Ou seja, o tratamento é realizado em dois tempos.
É particularmente indicada quando há problemas que podem resultar em falhas de implantação embrionária e abortamento, como por exemplo, mulheres com problemas de fertilidade que alterem o ciclo endometrial, causando um deslocamento da ‘janela de implantação’, termo utilizado para definir o melhor momento de receptividade endometrial.
Para minimizar a possibilidade de falhas, os embriões são todos congelados e a mulher é submetida ao teste ERA, técnica complementar à FIV que possibilita a análise das células do endométrio, definindo, com bastante precisão, o momento mais adequado para que a transferência seja realizada.
Ao mesmo tempo que pode ter o endométrio preparado por medicamentos hormonais, tornando-o mais receptivo.
Após ser descongelado, o embrião é transferido para o útero. O procedimento é bastante simples. Com a mulher em posição ginecológica e apenas sob sedação, são inseridos em um cateter e depositados no útero. Todo o processo é guiado por ultrassom.
Em aproximadamente duas semanas a gravidez pode ser confirmada. Diferentes estudos indicam que as taxas de sucesso são semelhantes às da transferência realizada com embriões frescos: cerca de 40% em média.
Leia mais e entenda como os embriões congelados podem ser doados para pessoas com problemas de infertilidade.
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