FIV ou fertilização in vitro é a principal técnica de reprodução assistida e a de maior complexidade, pois prevê a fecundação de óvulos e espermatozoides em laboratório, in vitro.
A FIV já proporcionou o nascimento de milhões de crianças saudáveis no mundo todo e é o tratamento mais indicado quando há problemas de infertilidade, principalmente os mais graves.
Atualmente, além dos problemas de fertilidade, é ainda alternativa para que pessoas solteiras e casais homoafetivos possam ter filhos biológicos.
A FIV é realizada em diferentes etapas, sendo o cultivo embrionário uma delas. Continue a leitura e entenda como o cultivo embrionário é feito na FIV.
Cinco etapas compõem o tratamento por FIV: estimulação ovariana e indução da ovulação, punção folicular e coleta do sêmen, fecundação, cultivo embrionário e transferência dos embriões. Veja como cada uma delas funciona:
A estimulação ovariana é um procedimento que tem como objetivo estimular o desenvolvimento e amadurecimento de uma quantidade maior de folículos, pois em um ciclo natural apenas um se desenvolve, amadurece e se rompe para liberar o óvulo que ele armazena.
O processo de ruptura e liberação do óvulo é chamado ovulação. É uma das fases do ciclo menstrual e, independentemente de ocorrer a fecundação, se repete todos os meses durante a fase fértil da mulher.
A estimulação ovariana é realizada com medicamento específicos, com posologia específica para cada paciente, dependendo de uma série de fatores.
Exames de ultrassonografia realizados a cada dois ou três dias acompanham o desenvolvimento folicular e indicam o momento mais adequado para induzi-los ao amadurecimento final, também por medicamentos hormonais.
A punção folicular é realizada quando por ultrassonografia detectamos que os folículos estão maduros, perto da ovulação.
Pouco antes da ovulação fazemos a punção folicular com a paciente sob anestesia. Uma guia com uma seringa com agulha é acoplada ao aparelho de ultrassom e o líquido de cada folículo é aspirado para posteriormente o óvulo contido nele ser extraído em laboratório.
O sêmen do parceiro é coletado simultaneamente e as amostras submetidas ao preparo seminal, técnica que utiliza diferentes métodos para capacitar os espermatozoides. Assim, apenas os mais saudáveis (com melhor morfologia e motilidade) são selecionados para fecundação.
A fecundação de óvulos e espermatozoides é realizada em laboratório por FIV com ICSI, em que cada espermatozoide é injetado diretamente no óvulo por um micromanipulador de gametas.
A ICSI é o método de fecundação mais novo. A FIV antes era realizada pelo método clássico, em que óvulos e espermatozoides eram colocados em uma placa de cultivo para que fecundassem naturalmente, mas hoje esse método praticamente não é mais realizado.
A FIV com ICSI é hoje a técnica mais utilizada pelas clínicas de reprodução assistida no mundo todo para o processo de fecundação.
Entre os avanços da FIV está o dos meios de cultura, que possibilitou o cultivo embrionário por mais tempo. Com a cultura estendida, como é conhecido o processo, é possível cultivá-los por até seis dias, fase de blastocisto do embrião em que já há a presença de uma estrutura denominada blastocele.
Os embriões são cultivados em meios de cultura com diferentes formulações baseadas nas concentrações e composições do fluido tubário e uterino em relação à mudança na atividade metabólica durante seu desenvolvimento.
O cultivo do embrião até a fase de blastocisto possibilitou o desenvolvimento de técnicas complementares ao tratamento e a solução de diferentes problemas. Entre elas está o teste genético pré-implantacional (PGT), que pode ser realizado em determinados casos.
O PGT analisa as células do embrião, proporcionando a detecção de doenças genéticas e anormalidades cromossômicas. Para isso são utilizadas diferentes técnicas: PGT-M, PGT-A e PGT-SR. O PGT-M identifica os genes de doenças genéticas e PGT-A e o PGT-SR, as anormalidades cromossômicas.
Dessa forma, pode evitar a transmissão de doenças genéticas para as futuras gerações, ao mesmo tempo que pode minimizar a ocorrência de falhas na implantação do embrião e abortamento, que geralmente resultam de anormalidades cromossômicas numéricas – quando há ausência ou presença de mais cromossomos do que o normal –, chamadas aneuploidias.
Com o embrião em blastocisto, é possível, ainda, o congelamento de todos os que se formam em um ciclo para serem transferidos apenas no ciclo seguinte. A técnica é conhecida como freeze-all, importante para mulheres com alteração no ciclo endometrial.
Os embriões podem ser transferidos em duas fases de desenvolvimento de acordo com a necessidade de cada paciente: logo no início, no segundo ou terceiro dia (D3), quando começa a divisão celular (clivagem), ou em blastocisto.
A indicação do melhor momento de transferência depende de características do casal, por isso o tratamento é individualizado.
Entenda detalhadamente como a FIV funciona tocando aqui.
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